quinta-feira, 19 de julho de 2018

Depressão: Real ou frescura.


Eu sempre quis criar um blog para falar de algo, meu intuito era ajudar as pessoas e eu realmente não conseguia achar assuntos para isso.

Acreditava que meu lance era falar de amor, mas, eu não tive muitas experiências, eu iria tratar no achismo, e convenhamos que esse lance de achismo é cilada, você paga com a língua sem perceber. Criei um blog com uma amiga, mas também não foi para a frente, faltava algo, algum entusiasmo para escrever. Como eu disse acima meu intuito era ajudar as pessoas.

 A depressão, ansiedade, síndromes, bullying, etc... São assuntos pouco falados, mas que hoje há várias pessoas para ajudar, mas as principais que são a nossa família, ou seja, dentro de casa provavelmente não estão preparadas para nos ajudar, não nos sentimos confortáveis em falar desses assuntos com nossos pais ou irmãos.

 A primeira vez que fui diagnosticada com depressão foi quando eu tinha 13 anos de idade, uma idade não muito surpreendente pois é o começo da pré-adolescência e de mudanças no corpo, mente e criação da nossa personalidade. 

 No começo quando comecei a ter os sintomas minha família não sabia lidar e muitos acreditavam que era frescura, que eu apenas queria chamar a atenção. Gêmea com a minha irmã e 2 irmãos mais velhos na época, ah só quer chamar a atenção. Mas, não era frescura, era real, pelo menos na minha mente, e quando não tratado só vem a piorar. 

 Nesse texto eu irei resumir bem sobre essa minha história, pois, ela é longa e terei que escrever vários textos sobre ela, mas achei interessante começar pela minha pré-adolescência, pois acredito que muitos jovens vão ler e provavelmente não tem noção de como começar a procurar ajuda, como eu na época.




 Para me aliviar um pouco da tristeza e medo que eu sentia, eu comecei a escrever poemas, eles descreviam de uma forma abstrata do que eu sentia. 

Com os pesadelos que eu tinha, as vozes que eu ouvia e até as visões, obvio que achávamos que era algo espiritual, lá fomos nós procurar todo tipo de religião para me ajudar, mas eu passava com psiquiatra, aliás se eu não me engano comecei a passar com 14 anos.

 Naquela época passar com psiquiatra existia um ENORME preconceito, ainda mais na minha idade, taxada de louca, né?! Hoje não é tão diferente, muitas pessoas deixam de pedir ajuda por preconceito. Você não é louco em passar em psiquiatra ou psicólogo, você é sã como qualquer outra pessoa, e vai se tornar uma pessoa cada vez melhor. Todos deveriam passar com psicólogo, ajuda tanto.

Hoje eu não tenho mais vergonha em falar que passo com ambos e que para eu estar de bom humor preciso de remédios. São médicos e estou com doenças como outro qualquer, não seja tão duro consigo mesmo.

 As pessoas não entendem, mas hoje há vários centros de ajuda, hoje falamos mais sobre o assunto do que antigamente, e as pessoas tem a mente aberta. Mas ainda assim, a depressão para muitos é fraqueza e quem passa em psiquiatra é louco.

 O que não é verdade, aceitar a doença é um passo muito longo que você dá e se livrar desses preconceitos que a própria sociedade impõe mostra que você está amadurecendo.

Eu acredito que até mesmo na sua casa alguém pode ter preconceito e usar isso para zombar de ti, é difícil, por que com 13 anos eu sofri das pessoas me chamarem de louca, como eu odiava a consulta com o psiquiatra, eu queria morrer.

Hoje eu consigo entender que é uma consulta como outra qualquer, ele vai te dar um remédio para você fazer um tratamento caso você esteja com alguma doença que necessite de medicamentos.

 Não deixem as pessoas te intimidarem falando que é frescura, obvio que há sintomas para distinguir isso, mas só quem pode falar se você está realmente doente ou não é um médico, isso independente da sua idade.

 Hoje com 27 anos fui diagnosticada novamente com depressão, e vocês não tem noção de quantas pessoas falaram que era frescura, e no começo eu fiquei MUITO mal, triste mesmo, queria provar que não era frescura. Mas como provar algo para pessoas que não querem entender? Nem se importavam comigo. Par eles eu tinha que ficar num quarto escuro, chorando e tentando várias formas de me matar, no começo eu até fiz isso e me afastei de “amigos”, mas até alguns desses “amigos” não se importam. Eu me importo comigo, por isso estou buscando ficar mais dias bem do que mal. É difícil aceitar que para eu ficar bem preciso de remédios, mas sei que será temporário e futuramente minha própria mente ficara bem.

 Hoje foi apenas uma introdução, e não DEPRESSÃO NÃO É FRESCURA.



Eu não sou medica, como o blog diz eu sou a paciente, então antes de qualquer coisa procure um médico, algum amigo ou algum familiar que você confie muito e peça ajuda.

Telefone Prevenção ao suicídio: 188


2 comentários:

  1. Excelente iniciativa, vou acompanhar. Nunca tive depressão, mas tenho ansiedade desde minha adolescência (estou com 35 anos). Fiz muita terapia ja, ajudou muito, é ainda pretendo voltar a fazer.

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    1. Eu tenho ambos. Espero muito que com meus textos eu posso ajudar as pessoas. Terapia é muito bom, acredito que mesmo quem não tenha doenças psíquicas deveriam fazer. Agradeço desde já por ter gostado:)

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